Aqui vou publicar alguns poemas, histórias e não só, criados pela minha mãe

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Um dia na praia

Desponta a manhã
o sol já aquece
um banho no mar
tanto que apetece

E porque é verão
em férias já estamos
pegamos no carro
alegres, lá vamos

Cheguei à praia
quase não há lugar
mas pouco me importa
quero é nadar

Com este calor
sabe-nos tão bem
mergulhar na agua
é o que nos convém

Depois do mergulho,
vejam lá bem
às minhas costas
eu trazia alguém

Eu servi de prancha,
até foi engraçado
fartamo-nos de rir
disse-me obrigado

Depois precisava
de me ir secar
mas para me estender
não havia lugar

Então que fazer
pus-me a pensar...
vou mas é para casa
para ir descansar

Maria de Jesus
(história verdadeira)
Escrito a 2 Agosto 1991

Este poema foi escrito tal como diz o poema, após uma ida à praia, com um acontecimento muito particular.
A minha mãe que mal sabe nadar, mas dava mergulhos (à sua maneira), quando vinha uma onda, tapava o nariz abaixava-se dobrando os joelhos e depois levantava-se de novo e assim se molhava toda... só que nesse dia junto à onda veio alguém também. Foi um episódio engraçado, que ficou na memória e deu para rir por uns dias cada vez que contava a história.
Elia


domingo, 21 de junho de 2015

Verão 1998

À sombra d'um pinheiral
vou fazer a minha sesta
depois de um bom almoço
não há vida como esta

O dia está bem quente
convida-nos ao lazer
depois de um banho no mar
não há melhor a fazer

A vida tem coisas boas
precisa é saber viver
aproveitando os momentos
das coisas que nos dão prazer
Maria de Jesus

Hoje fui à festa no lar onde a minha mãe está "hospedada", foi a festa dos Santos Populares.  
Havia um acordeonista que tocava aquelas musicas populares que a minha mãe sempre adorou, mal começava uma musica, começava ela logo a abanar a cabeça e a pedir para dançar, para espanto de toda a gente, dançou a tarde toda, ora comigo ora com a minha tia com as funcionárias e com todas que lhe fossem buscar, era preciso é dançar. Num instante dizia estar cansada mas mal se sentava e ouvia outra musica começava ela a bater na mesa tipo bateria e depois... bora lá dançar dizia ela. Pode não parecer nada em especial dizer que dançou toda a tarde, mas para quem tem a coluna toda enrolada, as pernas sem conseguir endireitar, sempre dobradas pelos joelhos... sim é de admirar! E admiro-a muito e tenho muito orgulho na minha mãe e a força de vontade que ela tem.
Já para o fim da tarde, com o cansaço a pesar a mente também já lhe pregava truques (?), dizia para eu ir buscar o meu pai para dançar... Eu disse-lhe "oh mãe o pai está aqui connosco no nosso coração, a ver-nos do céu" confusa e depois conformada continuava a dançar mas disse-me isto umas 3 vezes... e cada vez que eu lhe dizia que ele já havia falecido ela dizia, "ah é verdade! Mas parecia que estava a vê-lo ali... O que me fez pensar, será que ela o via por lá?
Elia 


terça-feira, 16 de junho de 2015

À minha neta Janete

Pequenina e mimosa
como flor em botão
frágil como uma rosa
enternece meu coração

Ela chama-se Janete
seu nome lindo também,
ela é minha netinha
amo-a como ninguém

Quando a tenho nos meus braços
O seu corpinho querido
esqueço tudo que é mau
tudo o que tenho sofrido

Deus te guarde querida
pela tua vida fora,
das agruras da vida
como as que sinto agora

Maria de Jesus


Hoje vou partilhar este poema que é dedicado à minha sobrinha Janete, que hoje faz 32 anos. Muito tempo já passou desde os tempos em que passava os fins de semana com a avó, ainda me parece que foi ontem que eu a ia descobrir sentada na cama da minha mãe de perninhas cruzadas a brincar com o guarda joias da minha mãe, despejando tudo que estava lá dentro por todo lado, que feliz que ela ficava se enfeitando com as bijuterias todas. E a minha mãe toda feliz de a ver se divertindo com suas coisas.
Parabéns Janete, que contes muitos e felizes anos, é de certeza o que a avó te diria se estivesse perto de ti... além de muitos beijinhos e abraços apertados ;) que é o que ela mais gosta, sempre foi assim.  Ela adora-te, não te esqueças disso.