Irmãos, desde o principio deste século que no mundo tem havido misérias materiais e sociais, mas poucos eram os que mediam em toda extensão a importância destes factos, muitos esperavam que a ciência e o progresso resolvessem todos os problemas. Veio a primeira guerra e as dificuldades agravaram-se depois veio a segunda guerra mundial... e assim chegamos até à nossa época presente e não pode dizer-se que não há sobre a terra uma só nação que não esteja em dificuldades.
A vida interna de cada nação tem agitação, desordem esbanjamento de apetites e ambições. Nenhum estadista dos nossos dias sabe ainda apresentar remédio/ solução que corte o passo a este progresso mórbido de envergadura universal.
Nossa Senhora em Fátima veio dar a mensagem e o anjo de Portugal veio abrir os olhos dos homens para a gravidade dessa situação, veio indicar os meios necessários para evitar a catástrofe.
Santo Agostinho também previu a queda do Império Romano, o profeta São Vicente de Paulo também foi um deles. A revolução Francesa foi prevista pelo Doutor São Luís Maria de Monforte, que foi quem começou a Legião de Maria, e porquê? Pela mesma razão que Nossa Senhora de Fátima veio transmitir aos 3 pastorinhos, o apelo à conversão dos pecadores, e para rezar muito, pedir a paz no mundo para que haja amor em vez de ódio. E nós sabemos desde o principio do mundo, sempre os profetas foram avisando; assim como Deus feito homem com Seu testemunho de amor, até ao ponto de morrer na cruz por nós pecadores. E nos nossos dias continuamos a ficar surdos cegos e mudos e o coração fechado ao amor e ao perdão.
Que nossa Senhora interceda por nós junto ao Seu Bendito filho para que nos ilumine, que saibamos reconhecer as nossas limitações para podermos emendar; só assim o mundo à nossa volta será um mundo melhor de paz e amor.
Maria de Jesus (escrito meados anos 1990)
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Não tenho a certeza porque foi escrito este texto, mas sei que foi na altura que a minha mãe fazia parte da Legião de Maria. Ela foi presidente da região de Faro durante muitos anos. Gostava de precisar exactamente quanto tempo mas não tenho dados para tal, e claro a memória da minha mãe já não chega lá. O texto seria provavelmente para apresentar como trabalho de curso e ou para ler nas reuniões que fazia com as colegas. O grupo de Senhoras reuniam-se semanalmente, habitualmente na residência da minha mãe. Rezavam o terço e combinavam o que iriam fazer durante a semana seguinte.
Ajudavam qualquer pessoa que precisasse, como por exemplo; quem conduzia, usavam seus carros para levar idosos (e não só) para as consultas, faziam visitas aos hospitais, especialmente aqueles que viam não ter visitas, assim como visitar pobres nas suas residências, e ajudar os necessitados, ou simplesmente estar lá, dar um ombro e palavra amiga.
Admiro muito a minha mãe e suas colegas que faziam este tipo de trabalho, cada uma com seus problemas e ou dificuldades, mas arranjavam sempre tempo para dar um pouco de si.
Elia Silva
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