Na sala de tratamentos
algo insólito acontecia
No ar pairava um perfume
que a marca ninguém sabia
Olhava-se desconfiados
para o colega do lado
íamos fazendo queixas
quem o usava... calado
Gerou-se então o mistério
alguma confusão,
que marca era o perfume?
quem o usava? Era a questão.
Finalmente descobriu-se
depois de muito trabalho
pela pessoa que o usava,
o perfume, era de alho.
Maria de Jesus
Este poema foi escrito após a ida ao Centro de Saúde com o meu pai, para fazer o penso após a cirurgia à próstata em 16-1-1997 (ela escreveu a data no poema)
Lembro-me bem desse dia, porque a minha mãe telefonou-me muito divertida com esta história do perfume. Quem diria que o cheiro de alho misturado com os cheiros de álcool, éter etc gerasse tanta risada para quem lá estava, pacientes, enfermeiros/as, e mais tarde a todos a quem a minha mãe telefonava a contar o que acontecera.
Elia Silva
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