Aqui vou publicar alguns poemas, histórias e não só, criados pela minha mãe

sábado, 5 de setembro de 2015

Passeio ao Norte com a São o marido e meus compadres em 5 Setembro 1993

Cá vamos nós em passeio, umas férias merecidas,
pedindo a Nosso Senhor que guie as nossas vidas
Passamos terras lindas, paisagens sem igual,
Serras muito verdinhas no norte de Portugal.

Durante o nosso passeio, coisa gira aconteceu,
primeiro foi meu compadre que de nós se perdeu.
Ele é que era o guia, indicando o caminho
nós seguimo-lo atrás seguindo o mesmo destino.

Foi na recta do Cabo, paramos para por gás
eles lá continuaram, nós ficamos para trás
E ele lá continuou feliz e descontraído
quando olhou pelo espelho, viu que nos tinha perdido.

Então voltou para trás, calado sem abrir piu
passou por nós, catrapás, distraído nem nos viu.
Tocou-se bem a buzina para chamar a atenção,
disse que o sol o encandeou, pertubou-lhe a visão.

Depois lá nos encontramos, comentamos o acontecido
achamos imensa graça por este momento vivido.

Em Vila Franca de Xira, paramos para um cafezinho
Obidos
demos os parabens à Elsa um abraço e um beijinho.
A Elsa fazia anos, precisamente nesse dia,
neste ponto de encontro foi motivo de alegria.

Por muitas terras passamos de nomes muito engraçados,
dos quais eu apontei, mas todos, nós não visitamos.

Foi a de o Conde de Obidos, a primeira visitada
uma vila muito linda, toda ela amuralhada
É uma Vila muito antiga de casas originais
com janelas floridas de tempos medievais

Ruas estreitas de calçada, com histórias para contar
pelos Celtas, Mouros ocupada, D.Afonso Henriques lhe foi tomar a 11-1-1148

Muito recente na história do nosso tempo de então
Cidade Ponte da Barca
foi aqui preparada 25 de Abril, a revolução.

Caminhamos para o Norte, foi esse o nosso destino,
às lindas terras do Douro também ao verde Minho.
Ó altas terras do Minho, paisagem maravilhosa
gente boa hospitaleira de comida bem gostosa.

Cidade Ponte do Barca, terra mais linda não vi,
meu coração fica triste por me separar de ti.
No Sitio do Assento, sentei-me para almoçar
adeus Sitio do Assento... pensando um dia voltar.

As nuvens tocam a serra, duma beleza sem par
cobrindo as silvas de orvalho, gotas d'agua a brilhar
Belas fontes de agua fresca à beira do caminho achei,
saciei a minha sede Graças a Deus eu dei.

Nas lindas terras do Bouro tudo é verde e fresquinho,
Quem quiser ter ar puro, venha às terras do Minho.
Adeus ó Vale de Camara, comemos barato e bem,
com o cartão avariado não há dinheiro pra ninguém.

Fui duas vezes ao Gerez para a serra puder ver,
mas não tive esse gosto por começar a chover.

Nas lindas terras do norte todo o ribeirinho tem agua,
deixar as terras do norte foi toda a minha mágoa.

Quero aqui deixar dito o que por mim passou,
dos pêssegos que comi, do estado que me deixou.
Foi em Figueira da Foz o desfeixo dessa dita,
vomitando p'las esquinas, que coisa mais esquisita!

Eu ainda vi o rancho, no coreto actuando,
Santuario Santa Luzia
meu estômago às voltas, parecia estar dançando.

Em Viana do Castelo, passei por lá rezando
de caminho ao Santuario lá no alto me esperando.
E quando lá cheguei entrei e fui orar
dei graças a Deus por ali poder estar.

Pedi a Santa Luzia que foi mártir também,
luz do Espirito e da alma para mim e minha mãe.
Depois subi à torre, que a Catedral tem,
só sobe um cada vez, pois não cabe mais ninguem.

Foi para mim experiência daquilo que posso fazer,
com força de vontade e fé, só quem sobe aquela torre
pode saber o que é.

Parece que ia subindo, direitinho para o céu,
custou muito, mas foi bom, tal como a vida,
digo eu...

- Maria de Jesus-




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